terça-feira, 10 de junho de 2014

Balanço e conclusão do Manifesto 3D


BALANÇO E CONCLUSÃO DO MANIFESTO 3 D

Documento aprovado na reunião de promotores do Manifesto 3 D
realizada em 7 de Junho de 2014

 
Os promotores do Manifesto 3D vêm dar conhecimento aos subscritores das conclusões que extraíram das reuniões realizadas em Coimbra, Lisboa e Porto nos dias 9, 10 e 11 de Abril passado com grupos de subscritores e das decisões daí decorrentes sobre o futuro do Manifesto 3D.

Aos subscritores presentes nas reuniões foi previamente distribuído um documento de reflexão (”Encontros de subscritores do Manifesto 3D – Notas para a discussão“) do qual constava uma análise da situação política, um balanço das ações do M3D (nomeadamente da sua tentativa de promover uma candidatura comum de esquerda às eleições europeias) e um capítulo de reflexão sobre o futuro onde eram colocadas várias questões que poderiam enquadrar a discussão.

É o seguinte o balanço que fazemos destas reuniões de subscritores:

  • A generalidade dos subscritores presentes reafirmou de forma clara que consideram fundamental a constituição de um polo aglutinador de esquerda, representativo e forte, que não seja apenas uma força de oposição às políticas de austeridade mas possa contribuir para a construção de uma alternativa real de governação
 
  • A maioria dos presentes defendeu a transformação do M3D numa plataforma de intervenção política mais ativa, sem que houvesse porém consenso quanto ao formato dessa plataforma, sendo a criação a curto prazo de um novo partido político defendida por uma minoria de subscritores

 Considerando o resultado da sua ação até aqui e os sentimentos e as razões expostos pelos subscritores, os promotores do M3D reunidos em 7 de Junho de 2014 decidiram:

1. Não considerar a transformação do Manifesto 3D numa organização política, qualquer que seja o seu estatuto e objetivo, por considerar que o texto do Manifesto 3D, já assinado por mais de 5.400 subscritores, não legitima de forma inequívoca essa transformação.

2. Pôr termo à sua atividade enquanto Comissão Promotora e a qualquer forma de intervenção pública em nome do Manifesto 3D.

3. Reafirmar a necessidade da construção de um polo de esquerda que saiba somar à oposição à austeridade a vontade de participar na governação e na resolução responsável dos problemas do país.

Posto isto, e considerando em particular o resultado das recentes eleições europeias, onde foi expressa de forma clara a rejeição dos partidos do atual Governo, a reduzida confiança na alternativa representada pelo Partido Socialista, uma crescente desvinculação do atual sistema político por parte dos eleitores e a procura por muitos cidadãos de novas formas de intervenção no plano cívico e político-partidário, estamos convictos de que:

  • os resultados das eleições para o Parlamento Europeu demonstraram que a proposta do M3D de uma candidatura às eleições europeias que reunisse numa base programática comum o Bloco de Esquerda, o partido Livre, a Renovação Comunista, o M3D e outras organizações políticas, movimentos e pessoas fazia sentido, era oportuna e era possível
 
  • existe um número muito significativo de cidadãos empenhados na construção de uma solução governativa à esquerda que compreendem a necessidade e sentem a urgência de construir um terreno comum onde seja possível o entendimento entre diferentes forças de esquerda e veem com desencanto e desagrado a recusa da procura desse entendimento
 
  • existe um número importante de cidadãos à esquerda que considera necessária uma reconfiguração do atual panorama político-partidário que possa dar origem a esse entendimento entre forças de esquerda capaz de produzir uma solução governativa
 
  • a proposta de entendimento à esquerda que foi lançada pelo M3D deixou sementes positivas no debate político que germinarão em novas iniciativas

Assim, enquanto promotores do Manifesto 3D, reafirmamos a nossa determinação na construção de uma alternativa de governação à esquerda e o nosso empenho na construção dos instrumentos que possam corporizar essa alternativa. No entanto, as futuras iniciativas que venham a materializar-se nesse sentido, ainda que beneficiem da herança e do capital de experiência recolhido pelo M3D, não se realizarão sob essa designação.

 
Os promotores do Manifesto 3 D reunidos em 7 de Junho de 2014

 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Encontros de subscritores em Coimbra, Lisboa e Porto

Nos dias 9, 10 e 11 de Abril terão lugar três encontros de subscritores do Manifesto 3D em Coimbra, Lisboa e Porto (respectivamente).

Coimbra: 9 de Abril (quarta-feira), 18 horas, na Galeria Bar Santa Clara, Rua António Augusto Gonçalves 67 (localização no GoogleMaps aqui).

Lisboa: 10 de Abril (quinta-feira), 18h, na Casa da Imprensa, Rua Horta Seca 20 (localização no GoogleMaps aqui)

Porto: 11 de Abril (sexta-feira), 21 horas, no Auditório do Sindicato dos Professores do Norte, Rua D. Manuel II, 51 C – 2º (Edifício Cristal Parque), em frente ao Museu Soares dos Reis (localização no Google Maps aqui).

Estes encontros têm como propósito suscitar o debate e a reflexão sobre a iniciativa do Manifesto 3D, as bases programáticas que a sustentam, bem como a pertinência e o modo de prosseguir os objectivos fundamentais que se encontram na sua origem (a forma de intervenção política e/ou eleitoral, os modos de organização, etc.).

sexta-feira, 21 de março de 2014

Encontros de subscritores do Manifesto 3D

O Manifesto 3D surgiu com o propósito de desenvolver um movimento político amplo que sustentasse uma candidatura convergente a submeter a sufrágio nas próximas eleições para o Parlamento Europeu. Como é sabido, não foi possível concretizar esse propósito. Por conseguinte, os promotores do Manifesto 3D decidiram dar por encerrada a recolha de subscrições do Manifesto, bem como a iniciativa política específica que lhe esteve associada.

Na base do Manifesto 3D encontra-se a necessidade de dar força e sentido prático à resistência e ao protesto contra os ataques aos direitos dos cidadãos e ao regime democrático. Tal pressupõe a construção política e programática de um pólo de esquerda representativo e forte, que saiba somar à oposição à austeridade a vontade de intervir na governação e na resolução dos problemas do país. Este propósito não é hoje menos urgente, continuando a exigir o empenho de todas e todos que nele se revêm.

Ao longo das próximas semanas irão realizar-se encontros de subscritores do Manifesto 3D em diferentes locais do país. Estes encontros têm como propósito suscitar o debate e a reflexão sobre a iniciativa do Manifesto 3D, as bases programáticas que a sustentam, bem como a pertinência e o modo de prosseguir os objectivos fundamentais que se encontram na sua origem (a forma de intervenção política e/ou eleitoral, os modos de organização, etc.).

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Conclusão da ronda de reuniões do 3D com BE, Livre e RC

De acordo com o mandato que lhe foi conferido a 5 de Janeiro de 2014 na reunião plenária dos promotores do Manifesto “Pela Dignidade, pela Democracia e pelo Desenvolvimento: Defender Portugal” (3D), a Comissão Coordenadora do 3D realizou uma ronda de reuniões, a seu pedido, com o Bloco de Esquerda, a comissão instaladora do partido Livre e a direcção da Associação Renovação Comunista para propor a estas três organizações a constituição de uma lista comum de convergência, a apresentar às próximas eleições para o Parlamento Europeu, que terão lugar no dia 25 de Maio de 2014.

A proposta apresentada pelo Manifesto 3D assentava nas seguintes ideias-base:

1) Esta candidatura convergente às eleições para o Parlamento Europeu deveria constituir-se como uma iniciativa ampla e mobilizadora que não só integrasse as forças políticas directamente implicadas (BE, Livre, Renovação Comunista e Manifesto 3D), mas as transcendesse, incorporando outras organizações e cidadãos.

2) Esta candidatura deveria constituir uma primeira etapa de uma acção conjunta para a construção de uma convergência política que se projectasse também nas eleições legislativas e que promovesse uma alternativa de governação.

A metodologia proposta para a construção desta plataforma eleitoral para as eleições europeias passava pela organização de uma mesa-redonda com representantes das organizações contactadas, do próprio 3 D e de outras pessoas convidadas por consenso a título individual a quem caberia definir:

- as bases programáticas da candidatura
- a composição da lista de candidatos

Todas as organizações manifestaram disponibilidade para discutir com o 3D e as reuniões decorreram num ambiente de discussão aberta.

Apesar da concordância de princípio com a necessidade da convergência nesta área política e com as questões programáticas essenciais constantes no Manifesto 3D, expressa por todos os interlocutores, não foi possível encontrar uma solução inclusiva que se traduzisse numa plataforma eleitoral comum a concretizar já nas próximas eleições europeias e que correspondesse aos objectivos do Manifesto 3 D.

Os promotores do Manifesto 3D reafirmam o seu empenhamento na construção de uma alternativa governativa assente na dignidade, na democracia e no desenvolvimento de Portugal, estando prontos para prosseguir este combate com todas as forças políticas que o queiram assumir.

Nos próximos meses serão promovidos encontros em vários pontos do país com os subscritores do manifesto, abertos a todos os cidadãos e cidadãs que se revejam nos seus propósitos, tendo em vista dar conta do processo iniciado pelo lançamento do Manifesto 3D e debater os desenvolvimentos futuros desta iniciativa, a culminar numa assembleia de subscritores.

Lisboa, 27 de Janeiro de 2014

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Manifesto 3D reúne mais de 5 mil subscrições e propõe a BE e LIVRE candidatura convergente às Europeias


Os promotores iniciais do manifesto 3D reuniram, pela primeira vez, no dia 5 de Janeiro para eleger a comissão coordenadora que dará continuidade aos esforços iniciados com a divulgação do “Manifesto pela Dignidade, pela Democracia e pelo Desenvolvimento: Defender Portugal” e que, em apenas três semanas, já recolheu mais de cinco mil subscrições.

Por decisão tomada pelos promotores do manifesto, a comissão coordenadora eleita formalizará esta semana uma proposta dirigida à direcção do Bloco de Esquerda, à Comissão Instaladora do LIVRE e à Direcção da Associação Renovação Comunista para a constituição de uma candidatura convergente e mobilizadora às eleições europeias.

Esta candidatura deve ir muito além dos partidos e movimentos referidos. Deve estar aberta a todos os cidadãos, movimentos e organizações políticas e sociais que se revejam nos seus propósitos e que queiram defender em Bruxelas uma inflexão da política europeia que se traduza no abandono das políticas de austeridade e na adopção de políticas solidárias e de apoio ao desenvolvimento à escala europeia. Uma candidatura que contrarie a actual orientação da União Europeia, que tem vindo a transformar-se em troika permanente, num espaço não-democrático, baseado na relação desigual entre ricos e pobres, credores e devedores, mandantes e mandados.

Por parte do Manifesto 3D, existe total abertura para encontrar a solução que mais favoreça uma candidatura convergente o mais ampla possível. O seu propósito é promover convergência tendo em vista dar resposta aos problemas do país e não acrescentar mais divisão entre aqueles que se opõem à estratégia da troika e da actual governação.

Esta candidatura às eleições europeias pretende apenas ser o primeiro passo para a construção de um projecto de governação alternativo à estratégia da troika e da actual maioria. A construção dessa alternativa deve tirar partido dos esforços já desenvolvidos e possibilitar a elaboração de uma base de programa de governação, tendo em vista as próximas eleições legislativas.

O Manifesto 3D realizará a primeira assembleia nacional de subscritores no início de Fevereiro.

A Comissão Coordenadora,

António Avelãs, Daniel Oliveira, Eduardo Pinto Pereira, Guadalupe Simões, Henrique Sousa, Isabel do Carmo, João Almeida, José Castro Caldas, José Reis, José Vítor Malheiros, Manuel Coelho, Ricardo Paes Mamede e Rui Feijó

[Nota enviada à imprensa a 7 de Janeiro de 2014]